Páginas

sábado, 30 de janeiro de 2010

Ao Meu Eterno Ilusionista

26 de janeiro de 2010

Sentimento sem cura, que me perturba por não poder satisfazê-lo. Alijar, será que devo fazer?
As suas palavras foram como facas, lançadas em meu peito. Feristes a mim e agora eu sangro. Fizestes as lágrimas lavarem meus rosto e meus olhos cor de carmim. Será que o amor é assim?
Eu não escolho, você não escolhe. Eu não pude te explicar. A minha vida eu não comando. Por que fazes isso comigo? Fere-me sem dó e piedade.
Triste e amargurada por suas palavras eu estou. Palavras pensadas são as piores. Egoísta, pensar só em si é bom demais.
O amor é como uma rosa, lindo ao desabrochar, forte como o seu carmim, e com alguns espinhos para te ferirem, e, aos poucos tempos, se você não cuida, se não repara, ela perde a cor, desidrata e finalmente morre.
Tu me feres como se eu tivesse culpa de tudo, talvez alijar para ti é tudo. Egoísta, o amor não é feito só de um. Palavras vãs? Elas nunca saíram de minha boca para tratar contigo. Sentimento puro e verdadeiro, que perturba e consome a mim. Que tira a minha paz. Tu dilaceras assim algo tão forte e cheio de vida a sangue frio. Cruel? Não chega a tanto.
Mas foi um erro dar asas à algo que já tinha dono. Foi um erro dar a mão a algo jovem. Os jovens são aventureiros, vivem a vida, cada momento como uma descoberta. Mas existem as exceções, que na sua essência já descobriram o mundo e até seu amor... têm maturidade o suficiente para lidar com pessoas mais experientes. Talvez eu seja um deles.
Será que me ouves? Será que ouves as batidas do meu coração? Sente o meu sangue pulsar cheio de esperança?
Aflição... 1,2,3,4... meu coração continua batendo. Fere, fere, dilacera quem te ama.
Angústia... 1,2,3... meu coraçao continua batendo. És frio e insensível.
Dor... 1,2... ainda asssim ele bate. Satisfaz agora o teu desejo e me leva contigo como peso.
Esperança... 1... dá seu último suspiro.
É tudo um erro, o amor é um erro.
Morte... e tudo chega a seu fim.
Adeus.

Lucyléa Thomé