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quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Síntese da Dor


Porque se eu não chorar minhas lágrimas petrificarão, então já não terei meu coração carne e sim, pedra. O choro que me consola, que me conforta, que me faz refletir e agir. Quem me traz paz e esperança para em novo soluço debruçar minhas angústias e agonias. Se choro é porque tenho sentimento, mesmo com um coração petrificado, minhas lágrimas não cessam.
Ninguém é capaz de perceber quanta dor e agonia pode estar por trás de um rosto tão angelical e delicado, ninguém é capaz de perceber porque ele é a síntese de toda dor.

Lucyléa Thomé

sábado, 15 de maio de 2010

Vida Ilusória

A vida, tão cheia de momentos, de pessoas, cheia de caminhos, cheia de amores.
Ninguém nunca vai entender a vida.
A vida é feita por tudo que nos cerca, por tudo que almejamos, por tudo que tentamos.
Os caminhos? São tantos e neles estão as pessoas que serão a companhia para uma longa caminhada ou apenas as placas pra te instruírem - ou destruírem.
Quando se alcança essas circunstâncias da vida, os pensamentos voam, o coração fala mais do que a razão e já não se sabe viver, apenas deixar ser levado pelas ondas da emoção.
Quanto aos amores, já nem sei se acredito, quantas decepções, quantas ilusões, quantas mentiras, quantas palavras vãs, coisas fúteis. As pessoas de hoje não acreditam ou confiam no que sentem, apenas brincam de uma forma mais complexa, envolvendo os sentimentos daqueles que amam intensamente.
Sentimentos assim, à esses que me refiro, são como droga, tudo naquele momento parece mágico, você viaja no que te entorpece, esquece de tudo e de todos e só pensa em estar ali, pedindo pra que aquilo nunca acabe, mas as coisas nunca duram para sempre, então o efeito da droga passa e você volta ao seu mundo perdido e real, no frio e solidão.

Então, vagueando até encontrar alguém ou algo que me iluda novamente, vejo que não há uma saída e o vício já se faz presente. E começa tudo outra vez.
Mas e a decisão? Ela só vai me deixar mais confusa e eu já não quero pensar no que seria pior depois disso.
Assim a vida segue..., segue e eu vivo, mesmo sangrando, mesmo ferida, ainda assim, acredito na vida.

Lucyléa Thomé

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Frígido Amor


O desespero alheio toma conta de mim. Carrego em mim as dores, as loucuras daqueles que amo, tornando-as como experiência.

...

Eis que ela morreu, a rosa que era o nosso amor.
A sua alma vaga por aí, perdida, contida em solidão.
Eis que ela envenena-se com sua própria dor, fazendo a desesperança reinar no seu mundo perdido. Tristeza e agonia, vontade de voltar atrás, suicídio amoroso. Converti minha dor em música triste e inesquecível, deixando as notas encarregarem-se do mais. Solo inesquecível, marcado pelas imagens daquele momento. Deixei as lágrimas rolarem, dando um sinal de que tudo que vivemos foi bom e inevitável, eu te amei. Ainda lembro do princípio. Olhe o cume de tudo isso, acabou, chegamos ao clímax e então nos sobreveio a sentença do que não preservamos. Fomos ambos dilacerados e eu sofro pelas feridas causadas. Tal ferida chamada saudade, que me invade sem pedir licença, que me entorpece e envenena. Do teu olhar é o que mais lembro ao partir naquele momento, tão frígido porém saudoso.
Deixo esse solo chegar ao fim por si mesmo, como se ele fosse a vida que vivemos.

Lucyléa Thomé

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

O Amor Inefável

O amor? Ele vem de tantas formas. Confusas e embaraçosas... mas que no fundo fazem o coração bater mais forte, trazem à flor da pele uma emoção e deixam um brilho inconfundível no olhar.
É diferente de simples e puro prazer. É uma coisa que vem da alma, que você não pode controlar. Sentimento mais irresistível e tolerante desse mundo.
Há pessoas que perdem uma vida toda esperando por um tão sonhado amor, mas ele aparece quando menos se espera, numa simples conversa, numa simples amizade.
Então você descobre esse sentimento que corrompe pensamentos e invade corpos.
Faz os olhos dilatarem e a pulsação mais rápida. É tudo tão rápido.
Êxtase, correndo nas veias. Instinto humano e tão carnal.
Isso tudo faz parte do amor... é inefável.
É impressionante como a vida nos pega de surpresa, é ela quem nos apresenta as pessoas, mas somos nós quem decidimos quem permanece.

L. Thomé

sábado, 30 de janeiro de 2010

Ao Meu Eterno Ilusionista

26 de janeiro de 2010

Sentimento sem cura, que me perturba por não poder satisfazê-lo. Alijar, será que devo fazer?
As suas palavras foram como facas, lançadas em meu peito. Feristes a mim e agora eu sangro. Fizestes as lágrimas lavarem meus rosto e meus olhos cor de carmim. Será que o amor é assim?
Eu não escolho, você não escolhe. Eu não pude te explicar. A minha vida eu não comando. Por que fazes isso comigo? Fere-me sem dó e piedade.
Triste e amargurada por suas palavras eu estou. Palavras pensadas são as piores. Egoísta, pensar só em si é bom demais.
O amor é como uma rosa, lindo ao desabrochar, forte como o seu carmim, e com alguns espinhos para te ferirem, e, aos poucos tempos, se você não cuida, se não repara, ela perde a cor, desidrata e finalmente morre.
Tu me feres como se eu tivesse culpa de tudo, talvez alijar para ti é tudo. Egoísta, o amor não é feito só de um. Palavras vãs? Elas nunca saíram de minha boca para tratar contigo. Sentimento puro e verdadeiro, que perturba e consome a mim. Que tira a minha paz. Tu dilaceras assim algo tão forte e cheio de vida a sangue frio. Cruel? Não chega a tanto.
Mas foi um erro dar asas à algo que já tinha dono. Foi um erro dar a mão a algo jovem. Os jovens são aventureiros, vivem a vida, cada momento como uma descoberta. Mas existem as exceções, que na sua essência já descobriram o mundo e até seu amor... têm maturidade o suficiente para lidar com pessoas mais experientes. Talvez eu seja um deles.
Será que me ouves? Será que ouves as batidas do meu coração? Sente o meu sangue pulsar cheio de esperança?
Aflição... 1,2,3,4... meu coração continua batendo. Fere, fere, dilacera quem te ama.
Angústia... 1,2,3... meu coraçao continua batendo. És frio e insensível.
Dor... 1,2... ainda asssim ele bate. Satisfaz agora o teu desejo e me leva contigo como peso.
Esperança... 1... dá seu último suspiro.
É tudo um erro, o amor é um erro.
Morte... e tudo chega a seu fim.
Adeus.

Lucyléa Thomé